Você entende como funciona um investimento de renda fixa? Já parou para pensar que são empréstimos que você concede, com promessa de devolução com juros?
Uma poupança, um CDB, uma LCI são formas de você emprestar seu dinheiro para o banco. Dependendo de cada alternativa de investimento, há regras diferentes de prazo para esse empréstimo, juros que serão pagos pelo banco, taxação (a LCI, por exemplo, é isenta de impostos para pessoa física) e até a destinação que a instituição financeira dará para o seu dinheiro.
Muitas vezes, no entanto, investidores não se dão conta que podem emprestar para outras instituições, pessoas ou empresas que oferecem investimentos de renda fixa mais vantajosos que um banco.
Se você quer emprestar dinheiro para empresas de capital privado (sociedade por ações S/A de capital fechado ou aberto), por exemplo, pode comprar uma debênture, que nada mais é do que um título de dívida de uma empresa. Ou seja: você empresta dinheiro para uma corporação, que a devolve com juros após um determinado prazo.
Pode também emprestar para o governo, comprando um título público. No sistema Tesouro Direto, há uma série de títulos disponíveis. O risco é mais baixo, por exemplo, do que emprestar para o banco. E há alternativas indexadas à inflação, que garantem ganho real no seu investimento.
Da mesma forma, o empréstimo pode ser para o mercado agrícola, o mercado imobiliário ou para outras pessoas físicas. A renda fixa, alternativa popularíssima entre os brasileiros por conta dos juros altos historicamente praticados no país, nada mais é do que emprestar o seu dinheiro.
Basta estudar as regras, prazos e riscos das diferentes alternativas desses empréstimos para decidir onde investir. E lembrar que nem sempre ir ao banco é a melhor solução.